Coração Pirata (Ela – a outra)

22/12/2010 16:01

            Vamos agora partir de um prisma diferente, “a outra“ – nós mulheres sempre usamos esse termo para rotular uma pessoa como diferente da gente, mas será mesmo que elas são diferentes? – Bem, essa mulher que deixa de lado alguns modelos de conduta pré-estabelecidos e passa a viver a vida de um modo diferenciado. Nesse aspecto encontramos de tudo: Algumas mulheres extremamente educadas, com profissão definida e estabilizada, muitas até mesmo casadas - e muitas vezes bem casadas também – outras que batalham muito na vida para garantir o sustento, outras quem nem sequer pensam no futuro ou o que sejam enfim, com biótipos diferenciados, umas baixinhas, fofinhas, negras, de cabelos estilosos, modo de vestir personalizado, modo de ver a vida singular.

(Nem sei se posso falar sobre essas situações dessa forma, mas vamos seguindo em frente), ai vem as especulações?

1.    São mulheres sem valores morais - são promíscuas;

2.    São mulheres que nunca conseguiram um namorado sério;

3.    Mulheres que têm filhos - e homem não gosta de assumir o filho de outro;

4.    Mulheres que apelam para o instinto primitivo do homem;

Dentre outras explicações e rótulos. Mas temos que usar de empatia e tentar, eu disse “tentar” pensar como elas. Podem dizer que algumas delas podem ter sido criadas em lares desequilibrados e não tem noção do que é um valor familiar sólido, ou foram extremamente abusadas em algum momento da vida, ou que não suportam ver a felicidade alheia e muitas outras denominações que não fica nada bonito de escrever aqui. Mas falta uma coisa: como elas se sentem quando aceitam ser a “outra”, bem algumas dizem que existe um fato, elas são procuradas pelos homens, não é só uma questão de elas quererem, é a situação de juntar “a fome com a vontade de comer”.

 

Muitas vezes deixamos de pensar exatamente nisso, porque motivo homens bem casados procuram outras companhias, justamente dessas mulheres tão diferentes? Bem podemos especular que isso acontece por incrível que pareça, e se inicia as vezes numa conversa boba de bar, ou de escola, de boite, de bate papo na net, ou seja, de ambientes diversos. Não um lugar “pecador”, é questão de oportunidade e coincidir de se acharem.

Numa conversa bem franca, os dois sentem-se a vontade de falar o que desejam, ela muitas vezes gosta mesmo de sexo, e a oportunidade de curtir surgiu, ela o deseja, assim como ele a ela. Ela sabe que ele é casado, às vezes ela também é, são corações piratas, que vivem uma aventura de cada vez. Ela sabe muito bem os riscos e se ela for uma mulher de personalidade jamais irá confundir as coisas e é o que geralmente o que mais atrai o homem, a capacidade delas não se envolverem, serem às vezes mais do que a amante casual, às vezes se torna a amiga confidente, com a qual ele pode falar o que pensa sem ser severamente criticado.

Ela quer ser desejada, ter e dar prazer, ser desvendada, experimentar coisas novas, e encontra as vezes isso em certas situações. Não cria expectativas, viver, sentir sensações muitas vezes condenáveis socialmente. Mas o que fazer? Bem, posso dizer que muito pouco, pois isso faz parte de natureza humana, do nosso instinto de dominação, de um desejo que não está sozinho, onde muitos camuflam, escondem ou simplesmente vivem; e nesse viver encontra outros pares que também pensam da mesma forma.

 Martinha  Brito


papeando a gente se entende